20100318

"Your life's complete... Follow me down"!

O vazio FATALMENTE cai no vácuo, uma vez que tu tendes ao PRETÉRITO.

(Permanente. Existencial?)

20100316

Clamor da Rosa

Prefiro perecer sepultada e olvidada (por favor, mutilai-me!) a fenecer sob a atroz clausura duma redoma.

Do pólen ao pó.
Liberdade.

20100310

Arnold Layne X Harold Land

Uma progressiva disputa?!

(Eterna.)

Ouçam-me, "aventureiros"!

Somos bem-aventurados desde que ousemos aprofundarmo-nos em nós mesmos.

Aphorismo 16626179

A incerteza é minha razão.

20100307

A Carolina

A CAROLINA
Querida, ao pé do leito derradeiro
Em que descansas dessa longa vida,
Aqui venho e virei, pobre querida,
Trazer-te o coração do companheiro.

Pulsa-lhe aquele afeto verdadeiro
Que, a despeito de toda humana lida,
Fez a nossa existência apetecida
E num recanto pôs um mundo inteiro.


Trago-te flores, - restos arrancados
Da terra que nos viu passar unidos
E ora mortos nos deixa separados.


Que eu, se tenho nos olhos malferidos
Pensamentos de vida formulados,
São pensamentos idos e vividos.

(Machado de Assis)

20100304

Um Luxo de Trapo

Sorriso misterioso, melancolia dissimulada.
Bonequinha.

20100303

"Riders On The Storm"

Uma tempestade.
Uma viagem de ônibus.
Poderia ser uma excursão turística ou estudantil (não sei ao certo).
ELE e eu ocupávamos as poltronas da frente, logo atrás do motorista. Os passageiros que preenchiam todos os outros lugares não me pareciam estranhos - eram amigos/colegas de infância e de faculdade.
O motorista, evidentemente louco (por natureza), arriscava estúpidas ultrapassagens e incríveis velocidades por entre veículos pesados e malignas curvas.
Chovia bastante sobre nós dois - apenas nós dois! -, ELE e eu.
Era até divertido observar as manobras do nosso condutor, o que nos rendia risadas, e, às vezes, "friozinhos-na-barriga", ante os bruscos aclives e declives. Era como se estivéssemos percorrendo uma infindável montanha-russa.
Repentinamente, a freagem. Não pude divisar o que estava a acontecer. Só me dei conta da parada quando dois sujeitos galgaram os degraus do veículo, a renderem, de imediato, o motorista.
Rumores de desespero assomaram todos os semblantes. Tentei manter a calma e enlacei-O, como pude, entre meus trêmulos e finos braços. Buscava proteção; mas queria, ao mesmo tempo, protegê-LO.
Os bandidos percorreram, então, o corredor, a intimidar cada um dos passageiros.
Sorrateiramente, mas um tanto hesitante por deixá-LO, atravessei o caminho que levava até o banheiro. Ninguém percebeu.
Era um lugar amplo, com várias repartições. Havia lá outra moça.
Ao trancar a porta, senti alívio; ao mesmo tempo, remorso. Ouvia gritos e tiros.
Neste ínterim, não houve tempo para mais nada: vislumbrei, à minha frente, os dois facínoras, a rir e a gracejar ante a minha presença. Respondi-lhes com poucas - mas ríspidas - palavras. A moça que eu ali encontrara já estava morta. E eles me apontavam as armas, de um lado e do outro, contra a minha cabeça.
Tentei desvencilhar-me deles como pude. A única coisa que almejava era salvar o meu AMOR.
Cambaleando, já "liberta", vi muita gente banhada em sangue. Foi terrível. Vi meus companheiros mortos. Outros, agonizando.

Mas consegui resgatá-LO vivo, entre tantos corpos macerados. Dei-lhe um beijo.
Ofegantes, suados e um tanto apavorados, enlaçamo-nos num abraço eterno: "EU TE AMO".

(Registro do último sonho.)

20100301

Tênue Teia?

Apesar de a teia da Terceira Existência ser (poeticamente!) urdida com tênues fios dourados, jamais há de sucumbir a quaisquer intempéries advindas do senso comum.
Os sonhos não envelhecem.

Arremate

Prefiro uma antipática presença a uma apática ausência.

SHEBAM! POW! BLOP! WIZZ!