20110728
Dados
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 12:39 AM Ninguém na trincheira.
20110726
Sustentáculo-Espinho-Garra
Extensa e mui íngreme rampa. Eu encontrava-me no topo, instável.
Detalhe assombroso, é que eu dormitava sobre uma espécie de colchão feito de pequeninos, pontiagudos e brilhosos sustentáculos.
Devido à extremada inclinação, não conseguia deter-me por muito tempo em meu leito.
Cada desequilíbrio rendia-me vertiginosas quedas. E era assim que eu tentava, às duras custas, me agarrar àqueles finos e firmes espinhos.
Como se não lhes bastassem as feridas que me abriam, as "garras" lutavam contra a minha carne e incorporavam-na.
Entre os inúmeros declínios, experimentei o ciclo da lancinante dor da distância. Minha silenciosa metamorfose.
(Registro do último sonho.)
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 9:23 PM Ninguém na trincheira.
20110722
Dama
Sobrevida sob o Sol
Ah! Daqui estio, só
A espiar o perdido
Co(r)po de Ás.
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 7:40 AM 1 na trincheira.
20110721
Pantoparanóia
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 11:03 PM 2 na trincheira.
Lindezas Francesas
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 5:02 PM Ninguém na trincheira.
20110718
Baile
Vibrantes dogmas sociais! (Risos ao fundo.)
Máscaras rendidas à Sociedade do Espetáculo. Descartáveis.
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 12:33 AM 1 na trincheira.
20110714
"Bit" Acelerado
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 12:23 AM Ninguém na trincheira.
20110713
"Private Investigations"
Sempre investigando e invadindo a minha privacidade! Mas é tão doce!
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 9:47 PM 3 na trincheira.
Dia Internacional do Rock
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 10:04 AM Ninguém na trincheira.
20110711
Constrangimento - Lamentável Fato
Lá, a escolher o que levaríamos, abrimos o freezer. Coincidiu que um indivíduo "polidinho" direcionou-se ao mesmo; só que, de repente, ele deixou cair ao chão uma garrafa de cerveja.
Ficamos os três a observar, durante alguns segundos, aquela situação do tipo "quem vai pagar o pato?".
E eis que o jovem desastrado saiu de fininho.
Um tanto desconcertados, dirigimo-nos, nós dois, ao caixa.
- Poxa, que foda. O cara quebrou a garrafa e saiu sem pagar! - Lamentou Jean com o moço do caixa.
- Pois é... Nessas horas, a gente tem que ter sangue de barata. - Respondeu-lhe o rapaz.
Já estávamos prestes a deixar a loja, quando a faxineira do estabelecimento vociferou, lá do fundo:
- Você vai deixar aqueles dois saírem sem pagar pela garrafa que quebraram?
Voltamos os olhares para aquela figura com rodo e pano em riste, parada, acusando-nos com o dedo apontado.
Então nos aproximamos dela.
- Senhora, não fomos nós que causamos o prejuízo. Foi um cara que já foi embora. O chaveiro dele enganchou na garrafa; daí, ela caiu! - Jean tentou se explicar.
- Não, eu vi tudo! Vou chamar a polícia pra vocês!
- Chamar a polícia? O cara tava do nosso lado; deu pra ver perfeitamente que foi ele! Você tá me julgando "pela aparência"! Que direito você tem de fazer isso? Chame, então, a polícia! - Replicou Jean.
- Aparência? Que aparência?! Vocês não querem é pagar! - Ela se fazia de desentendida. Não conseguia nos encarar nos olhos. Sua expressão facial tremia bastante. Dissimulação revelada, de fato.
- Espere aí. E as câmeras, que existem por tudo quanto é canto desta loja? Elas "vêem" tudo! Têm o registro de tudo! - Eu havia entrado na frente do Jean, e assim desafiei a mulher, mas ela só vacilava com suas pálpebras.
Continuei, agora arrastando e batendo levemente os pés sobre o rodo e contra o chão úmido, a ameaçá-la:
- Chame a polícia, já! Chame os "porcos"!
Nesse instante, o rapaz do caixa entrou no meio da discussão a fim de apaziguar os ânimos.
Havia ainda uma garota, sentada a uma mesa do nosso lado, que dava seus pitacos durante todo o desentendimento. A princípio, ela nos defendeu (afinal de contas, presenciou o exato momento em que o meliante deixou a garrafa cair); depois, "virou a folha" e tomou partido dos funcionários do "burguesal". Pobre patricinha burrinha!
O falatório esquentava.
Enquanto isso, peguei a sacola com nossas compras, que estava sobre o balcão do caixa.
Voltei até o fundo da loja e tomei o Jean pelo braço. Afinal, nada mais haveria de ser discutido.
Saímos agitados e indignados. No final, bati com a mão contra a porta de vidro e levantei a voz, olhando para todos: "Bando de burgueses! Aqui, não pisamos mais!"
E o covarde playboyzinho da garrafa quebrada estava ali, do lado de fora, sentado a uma mesa, observando tudo "de camarote"! Sua expressão era de escárnio. Ria de nós, próximo ao seu carro.
[Esclarecimentos e considerações: a mencionada loja de conveniência pertence a um posto de gasolina e é muito bem-frequentada pela burguesia da cidade (e também pela "anti-ralé" de fora). Lá, os jovens abastados estacionam seus carros-da-moda e exibem seu mau gosto musical aos quatro ventos.
"Mas eles têm grana!" - Na verdade, é o que lhe interessa, "Conveniência 24h"! Nós bem sabemos disso!
E uma coisa me inquieta: será que os atendentes e funcionários do posto e da loja banem andarilhos, boêmios, "malvestidos", et cetera, que ali aparecem para comprar, sequer, uma balinha?]
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 5:00 PM 6 na trincheira.
20110706
Findo Resgate
Por que esse "enfim" natimorto em fulgor?
Oblíquo sentimento, traspassada vereda
Buscaste, então, a última estranha estrela
Ali, já! Não te basta o algoz penetrante?
O A e o Z: zênite do Infinito, ocaso do Amor.
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 6:34 AM 1 na trincheira.