Por Rafael Basdoni.
20130429
20130421
Globalization 3.0
"Videiem" bem... Ao mesmo tempo em que temos tudo "nas mãos" e bem nutrimos(?) os filhos, perdemos a honra e o viço dos nossos antecessores!
Como lidar com essa obsolescência acumulada?
Esperança, "drugues".
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 6:58 AM Ninguém na trincheira.
20130413
Leda Quintessência
eGYPSYgana.
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 3:16 PM Ninguém na trincheira.
20130409
O Soldado (Sardento) Desconhecido [Epitáfio]
Foi no mínimo
interessante a maneira com a qual o Moura e eu nos conhecemos.
Em 1993 me
mudei para Sete Lagoas e assim abri um comércio na Rua Teófilo Otoni. De tempos
em tempos, desde então, observava um senhor irrequieto, que cedo e
metodicamente descia do edifício logo ao lado de minha loja.
Certo dia,
abordei-o:
- Você é
ex-combatente de guerra?
Prontamente e
ao mesmo tempo surpreso, com os olhos estatelados, respondeu-me sem rodeios:
- Sim, senhor.
A partir daí criamos uma amizade que jamais aspiraríamos. Conheci uma criatura irreverente e
piadista – piadas estas reais, advindas de seus resquícios "veteranísticos".
Nunca me
esquecerei de seus preciosos relatos sobre a famigerada luta de Monte Castello,
ocorrida durante a Segunda Guerra Mundial, tampouco de suas notáveis piadas do "João-Tatu" e do "João Corrêa". Parece paradoxal o que estou dizendo, mas a
verdade é que compartilhávamos memoráveis momentos de extrema seriedade
entremeados com muito bom humor.
Depois de alguns
anos fechei a loja e o Moura também mudou-se daquele lugar de origem. Mesmo
assim não perdemos o contato. Sempre nos contactávamos por telefone, e o velho
não se cansava de repetir aquelas eternas piadas! Êita, coisa boa, dar
gargalhadas com o veterano!
Mas foi com
profunda tristeza que, depois de vinte anos de amizade, recebi a notícia de sua "eterna viagem".
E lá estava ele,
em seu leito fúnebre, com suas respeitáveis medalhas de condecorações a folharem-lhe o peito.
Sua boina também encontrava-se impecável. Eu apenas o contemplava, absorto na
efemeridade da vida. Ali era o Moura adormecido para sempre.
Quatro militares do 4º GAAE apoiaram o velório e o cortejo rumo ao enterro. Alguns
ex-combatentes, companheiros de meu amigo, também acompanharam todo o movimento
do luto. Sua família fortaleceu todo o esteio com fé.
Modestamente a canção "Mia Gioconda" foi executada, seguida da "Marcha do Soldado
Desconhecido".
Pois eis o saudoso
Moura: eternamente digno, soberbo, vivaz e incrível em sua lucidez.
Grande "Sardento", grande "Ferrugem", que Deus o
tenha! Muito obrigado por tudo, caro veterano!
Maurício Fernandino Tinoco & Carolina O. F. Tinoco
Audição e criação por Carolina O. F. Tinoco
Maurício Fernandino Tinoco & Carolina O. F. Tinoco
Audição e criação por Carolina O. F. Tinoco
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 2:38 PM 4 na trincheira.