20080311

O Ausente

O AUSENTE
Diante do Ausente, não sossego a tez
Contemplo o vácuo, contemplo a falta
A falta de seu peito, a falta do compasso
de nossos corações, poeticamente sintonizados.

Diante do Ausente, não sou mais a mesma
Disperso-me na turva névoa, no vazio espaço
que meu coração reclama, atormentado
E desvaneço-me, como consolo, em lágrimas de Amor.

Diante do Ausente, enfim, esmoreço
Esmoreço ante a solidão e a tortura de apenas ser
Ah, meu Amor! Quero-te aqui, ao meu lado!
Vem logo, meu doce camponês!
Meu semblante, sem ti, é lasso
Refeitos em delícias e em mágoas, fomos batizados
pelo sangue, pelos prazeres e pela dor.

Toquemos, com coragem, pra fora de nossa casa,
a tristeza que o Poeta disse não ter fim.
Diga-me que isso é só o começo, Amormeuzinho!
Eis o início de uma reviravolta, a hora de termos paz!
Tornemo-nos um só! Eis a nossa preciosa vez!

Somente contigo quero a plenitude do viver.

1 na trincheira.

ricardo aquino disse...

suavemente poeta...
voltei para levantar todas as pedras que sobre nós recai, voltei para apreciar a sua poesia, o teu lirismo, o teu sopro mais leve e forte. A ausência em nossos olhos nunca terá alimento, pois o nosso alimento maior, o alimentaoque envolve nossos olhos e olhares é a presença, apresença fina, a presença fina e extasiante, a presença fina e extasiante da poesia!


Coloquei o seu endereço na minha página, espero que não se importe!

Visceralmente
Ricardo Aquino