ESQUIZO
Esvazio-me de mim mesma
Esvazio-me de mim mesma
enquanto vislumbro um pueril semblante:
desfigurado, distorcido, rebelado,
refletido numa garrafa de qualquer veneno.
Combalida, percebo-me indiferente.
Então percorro, lentamente, as sendas mentais.
Mas, oh! São tão débeis e vagas, tais cenas!
Admiráveis imagens, repletas de atitude e estupor,
agora tornam-se aliadas aos meus sentidos.
Mas, oh! Sou tão bela ante meus ais!
Alívio? Um punhal acompanha-me, lado a lado,
e reflito-me nele, a banir a gentil dor.
Desesperadamente, transformo-me em espelho.
Narciso afogou-se perante sua leda juventude!
Mas, oh! Retorno, agora, ao Inferno de Dante,
espelhada em mim mesma.
2 na trincheira.
Carolina,
estou admirada com sua habilidade com as palavras. Parabéns.
Yêda
Obrigada, Yêda!
Grande beijo!
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