Domingo, 21h. Jean e eu estávamos a caminhar pela cidade, quando resolvemos entrar numa loja de conveniência.
Lá, a escolher o que levaríamos, abrimos o freezer. Coincidiu que um indivíduo "polidinho" direcionou-se ao mesmo; só que, de repente, ele deixou cair ao chão uma garrafa de cerveja.
Ficamos os três a observar, durante alguns segundos, aquela situação do tipo "quem vai pagar o pato?".
E eis que o jovem desastrado saiu de fininho.
Um tanto desconcertados, dirigimo-nos, nós dois, ao caixa.
- Poxa, que foda. O cara quebrou a garrafa e saiu sem pagar! - Lamentou Jean com o moço do caixa.
- Pois é... Nessas horas, a gente tem que ter sangue de barata. - Respondeu-lhe o rapaz.
Já estávamos prestes a deixar a loja, quando a faxineira do estabelecimento vociferou, lá do fundo:
- Você vai deixar aqueles dois saírem sem pagar pela garrafa que quebraram?
Voltamos os olhares para aquela figura com rodo e pano em riste, parada, acusando-nos com o dedo apontado.
Então nos aproximamos dela.
- Senhora, não fomos nós que causamos o prejuízo. Foi um cara que já foi embora. O chaveiro dele enganchou na garrafa; daí, ela caiu! - Jean tentou se explicar.
- Não, eu vi tudo! Vou chamar a polícia pra vocês!
- Chamar a polícia? O cara tava do nosso lado; deu pra ver perfeitamente que foi ele! Você tá me julgando "pela aparência"! Que direito você tem de fazer isso? Chame, então, a polícia! - Replicou Jean.
- Aparência? Que aparência?! Vocês não querem é pagar! - Ela se fazia de desentendida. Não conseguia nos encarar nos olhos. Sua expressão facial tremia bastante. Dissimulação revelada, de fato.
- Espere aí. E as câmeras, que existem por tudo quanto é canto desta loja? Elas "vêem" tudo! Têm o registro de tudo! - Eu havia entrado na frente do Jean, e assim desafiei a mulher, mas ela só vacilava com suas pálpebras.
Continuei, agora arrastando e batendo levemente os pés sobre o rodo e contra o chão úmido, a ameaçá-la:
- Chame a polícia, já! Chame os "porcos"!
Nesse instante, o rapaz do caixa entrou no meio da discussão a fim de apaziguar os ânimos.
Havia ainda uma garota, sentada a uma mesa do nosso lado, que dava seus pitacos durante todo o desentendimento. A princípio, ela nos defendeu (afinal de contas, presenciou o exato momento em que o meliante deixou a garrafa cair); depois, "virou a folha" e tomou partido dos funcionários do "burguesal". Pobre patricinha burrinha!
O falatório esquentava.
Enquanto isso, peguei a sacola com nossas compras, que estava sobre o balcão do caixa.
Voltei até o fundo da loja e tomei o Jean pelo braço. Afinal, nada mais haveria de ser discutido.
Saímos agitados e indignados. No final, bati com a mão contra a porta de vidro e levantei a voz, olhando para todos: "Bando de burgueses! Aqui, não pisamos mais!"
E o covarde playboyzinho da garrafa quebrada estava ali, do lado de fora, sentado a uma mesa, observando tudo "de camarote"! Sua expressão era de escárnio. Ria de nós, próximo ao seu carro.
Lá, a escolher o que levaríamos, abrimos o freezer. Coincidiu que um indivíduo "polidinho" direcionou-se ao mesmo; só que, de repente, ele deixou cair ao chão uma garrafa de cerveja.
Ficamos os três a observar, durante alguns segundos, aquela situação do tipo "quem vai pagar o pato?".
E eis que o jovem desastrado saiu de fininho.
Um tanto desconcertados, dirigimo-nos, nós dois, ao caixa.
- Poxa, que foda. O cara quebrou a garrafa e saiu sem pagar! - Lamentou Jean com o moço do caixa.
- Pois é... Nessas horas, a gente tem que ter sangue de barata. - Respondeu-lhe o rapaz.
Já estávamos prestes a deixar a loja, quando a faxineira do estabelecimento vociferou, lá do fundo:
- Você vai deixar aqueles dois saírem sem pagar pela garrafa que quebraram?
Voltamos os olhares para aquela figura com rodo e pano em riste, parada, acusando-nos com o dedo apontado.
Então nos aproximamos dela.
- Senhora, não fomos nós que causamos o prejuízo. Foi um cara que já foi embora. O chaveiro dele enganchou na garrafa; daí, ela caiu! - Jean tentou se explicar.
- Não, eu vi tudo! Vou chamar a polícia pra vocês!
- Chamar a polícia? O cara tava do nosso lado; deu pra ver perfeitamente que foi ele! Você tá me julgando "pela aparência"! Que direito você tem de fazer isso? Chame, então, a polícia! - Replicou Jean.
- Aparência? Que aparência?! Vocês não querem é pagar! - Ela se fazia de desentendida. Não conseguia nos encarar nos olhos. Sua expressão facial tremia bastante. Dissimulação revelada, de fato.
- Espere aí. E as câmeras, que existem por tudo quanto é canto desta loja? Elas "vêem" tudo! Têm o registro de tudo! - Eu havia entrado na frente do Jean, e assim desafiei a mulher, mas ela só vacilava com suas pálpebras.
Continuei, agora arrastando e batendo levemente os pés sobre o rodo e contra o chão úmido, a ameaçá-la:
- Chame a polícia, já! Chame os "porcos"!
Nesse instante, o rapaz do caixa entrou no meio da discussão a fim de apaziguar os ânimos.
Havia ainda uma garota, sentada a uma mesa do nosso lado, que dava seus pitacos durante todo o desentendimento. A princípio, ela nos defendeu (afinal de contas, presenciou o exato momento em que o meliante deixou a garrafa cair); depois, "virou a folha" e tomou partido dos funcionários do "burguesal". Pobre patricinha burrinha!
O falatório esquentava.
Enquanto isso, peguei a sacola com nossas compras, que estava sobre o balcão do caixa.
Voltei até o fundo da loja e tomei o Jean pelo braço. Afinal, nada mais haveria de ser discutido.
Saímos agitados e indignados. No final, bati com a mão contra a porta de vidro e levantei a voz, olhando para todos: "Bando de burgueses! Aqui, não pisamos mais!"
E o covarde playboyzinho da garrafa quebrada estava ali, do lado de fora, sentado a uma mesa, observando tudo "de camarote"! Sua expressão era de escárnio. Ria de nós, próximo ao seu carro.
[Esclarecimentos e considerações: a mencionada loja de conveniência pertence a um posto de gasolina e é muito bem-frequentada pela burguesia da cidade (e também pela "anti-ralé" de fora). Lá, os jovens abastados estacionam seus carros-da-moda e exibem seu mau gosto musical aos quatro ventos.
"Mas eles têm grana!" - Na verdade, é o que lhe interessa, "Conveniência 24h"! Nós bem sabemos disso!
E uma coisa me inquieta: será que os atendentes e funcionários do posto e da loja banem andarilhos, boêmios, "malvestidos", et cetera, que ali aparecem para comprar, sequer, uma balinha?]
6 na trincheira.
Detesto cerveja.
ônus da prova!Caberia a miss rodo provar a acusação,como não havia como sustentar a mesma a PM não foi acionada.Se vocês tivessem acionado a PM no B.O vocês seriam citados como solicitantes e os funcionários do estabelecimento como autores e a cópia do mesmo poderia ser utilizada em um processo por danos morais.O melhor de tudo é que o verdadeiro autor ainda se encontrava no local,e aí ( FERRO no Mauricinho).Bom o único problema é que o fato ocorreu no Brasil,então dependeria de sorte para que comparecesse no local uma VP composta por profissionais idôneos que não tomassem partido da classe Burguesa não predominante mas ainda muito presente em nossa cidade.obs:(Não se desespere,pois separando o joio do trigo,ainda são muitos os bons profissionais que não julgam o livro pela capa).Você deve estar achando que meu nome é Peter Pan e que este comentário foi originado na Terra do Nunca...rsrsrs
Nesta altura do campeonato,Carpe diem , deixa pra lá que é melhor...Um abração.PS Adoro Cerveja rsrsrs...
Olá, Demétrius!
Adorei a "floreada"! Muito boa, a tua sacada!
Gente que julga o livro pela capa, temos "a rodo" (veja só, que ironia!).
Assim como você, acredito nas pessoas. É preciso relevar essas pequenas coisas e valorizar aquilo que é realmente importante: a Vida.
Abraço!
Dê-nos o nome. Se precisar, crie um anagrama. Será divertido resolvê-lo. Mais divertido ainda será entrar na loja, olhar, olhar, perguntar, perguntar e não comprar nada...
É a Conveniência Estação!
Seu slogan: "Tem de tudo, a qualquer hora e pra todo mundo."
"Pra todo mundo"! Ha-ha!
(Santa hipocrisia!)
Ah, e esse lance de entrar, olhar, olhar, pegar, devolver à prateleira, olhar, andar pela loja e sair abanando as mãos... Isso, já fizemos demais! Lembro-me de que sempre havia um guardinha de merda atrás da gente.
Suspeitam de nós facilmente.
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