Sempre me recordo com muitas risadas deste "causo".
Manuela (irmã), Kênia (coleguinha de classe e amiga da Manuela) e eu brincávamos no quintal da casa de nossa companheirinha. Eu tinha nove anos de idade; elas, de sete para oito.
O sol já estava se pondo, e logo teríamos que nos despedir da Keninha.
Mas algo nos surpreendeu naquele fim de dia. É que, de repente, centenas de baratas invadiram o nosso espaço. Foi um auê danado! Corremos de um lado pro outro, aflitas, assustadas...!
Então descobrimos que as "bichinhas" (enormes, na verdade!) estavam escapando loucamente de um esgoto que dava para a rua.
Não deu outra: resolvemos enfrentá-las! Empunhamos vassouras, e voilà! Lembro que a mãe da Kênia ficou louca!
Daí compusemos, ao longo da missão, uma canção. Detalhe: a melodia foi inspirada no hino do Atlético Mineiro (só por causa da nossa amiga, hã?). Mas ficou joia, a improvisação! Enquanto "varríamos" as pestinhas, entoávamos a nossa marcha. E como foi divertido e espontâneo! Eis o inesquecível fruto da peripécia das "Meninas Superpoderosas":
"Matar, matar baratas
É nosso lema tão fiel
Matar essas pestinhas
Até irem pro beleléu
Se virem uma barata
Matem-na, com certeza
Não deixem essas pestinhas
Invadirem a realeza
Vamos vencer
Nós queremos ser
O terror das nações
E invadir corações
Vamos viver
Porque somos sensatas
Com as armas nas mãos
Expulsar as baratas
Com as armas nas mãos
Expulsar as baratas
SE VIREM UMA BARATA,
MATEM-NA!"
['Tadinhas das baratas...! Sofreram, viu!]