20080303

Suspensa na vacuidade de minha mente...

Suspensa na vacuidade de minha mente
Decanto-me apenas na tua memória, cigano
A valsa de nossos corpos me desvela a carne
E devolve-me tudo aquilo já desacreditado.

Detida em lágrimas torrentes
Vislumbro teus cerúleos olhos, cigano
Torno-me néscia ante teus encantos matreiros
E assim tu me redimes aquela espúria semente.

Ritmada pela potência, pelo pulso fremente
De um ermo qualquer ecôo teu nome, cigano
Então finalmente idealizamos a sinfonia indolor
Tocamos a verdade com um gesto faceiro
E revelamos, com um sopro de vida, o eterno Amor.