20081019

Madrigal

MADRIGAL
Ouve, meu Amor,

a brisa que entoa melodias
ao sabor de teus belos cabelos.
Ouve, meu Amor,
o balouçar refeito em febris apelos
dos viçosos ipês-amarelos
clamando-nos pelo tempo de viver.
Ouve, meu Amor,
o teu profundo ardor,
a tua fremente urgência,
o teu eterno desejo de alvorecer.
Ouve, meu Amor,
os senis anelos do Mundo,
a Universal Mente e seus vis zelos.
Ouve, meu Amor,
o que, por fim, tenho a dizer:
sedenta, busco pela tu'alma
e anseio, perdidamente,
o ensejo de anis dias.
Tu, meu Amor, e eu, a estremecer
na mais veemente cadência.

1 na trincheira.

Anônimo disse...

que sutileza, que lindeza!
palavras na beleza!
beijo e saudades, querida.
geo