"Por muito tempo fui apaixonado por ela. Todos os homens e muitas mulheres também foram, e ainda são." (David Bowie)
20101231
Bonjour, mon amour!
"Por muito tempo fui apaixonado por ela. Todos os homens e muitas mulheres também foram, e ainda são." (David Bowie)
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 3:36 PM 1 na trincheira.
20101228
Eu-vezes-eu-espelhadas-em-mim
Atônita, alcanço-me as têmporas.
Lento divagar de uma irônica heroína.
A tônica da alma e seu nome:
talvez efêmeros, talvez empoeirados.
Tua têmpera, fêmea platônica,
é cicatriz agora espelhada
sob a sombra de teu próprio talento.
Dolosa surdina que avança.
Bomba atômica.
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 12:32 AM 3 na trincheira.
20101220
Ensimesmamento
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 10:23 PM 4 na trincheira.
20101218
Golden Hair
Lean out your window, golden hair
I heard you singing in the midnight air
My book is closed, I read no more
Watching the fire dance on the floor
I've left my book, I've left my room
For I heard you singing through the gloom
Singing and singing a merry air
Lean out of the window, golden hair.
(Syd Barrett)
[Versos originais de James Joyce, publicados em "Chamber Music" (1904).]
Imagem: Françoise Hardy e Sylvie Vartan.
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 5:52 PM 1 na trincheira.
20101217
Cuspindo
(Não pude deixar de afastar aquele calhamaço "grifado".)
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 1:58 PM 10 na trincheira.
Persona
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 12:26 AM Ninguém na trincheira.
20101214
Subjeção X Abjeção
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 3:02 PM Ninguém na trincheira.
20101209
Dos Rizomas às Bolhas
Imagem: Catherine Deneuve e Françoise Dorléac. Irmãs.
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 8:57 PM 1 na trincheira.
20101206
Mais-valia Humana
Articulações atemporais e a proximidade das coisas.
Continuum. Aemulatio. Caricaturas?
A enfermidade transposta em meras identidades.
O Homem é uma invenção recente. Efêmera.
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 5:42 PM Ninguém na trincheira.
20101203
Afloração
Tomara que o beijo do colibri não amanheça afogado!
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 10:04 PM 4 na trincheira.
20101202
BATA! - Babaquice Armazenada Tua, Aqui!
Ah, e não se esqueçam de autografar o caderno de visitas (abaixo-assinado) na saída!
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 4:20 PM 1 na trincheira.
20101201
Absorbância
A síntese? Simples: evacuar!
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 2:03 PM Ninguém na trincheira.
20101130
TWI(GGY)
Certos conceitos ou definições penetram facilmente o campo da "ideologia". Isto se verifica quando a assertiva oferecida tem como propósito legitimar uma determinada teoria, particular ao autor.
Através do enunciado dum raciocínio a prática da veiculação das informações procura fazer com que o discurso coincida com as coisas, e não o oposto.
(Ôtremdoidipavonesco!)
Imagem: Twiggy. A própria "Pop Model".
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 2:06 AM 5 na trincheira.
20101124
Clave D'Sol
Do trágico pós-guerra das idéias emerge a Arte. Papéis, lápis, borracha, intelecto, lágrimas e suor protagonizam a incessante luta em prol da lógica harmônica. De repente, a sinfonia. "Música congelada", já diria Goethe. Pousa na telúrica superfície uma pauta metalina vestindo escultura. Dissonância regida para estruturar – e combinar – notas numa só escala. Moldáveis acordes quebram a apolínea rigidez daquele esqueleto. Contraponto silencioso. Ecoa o desafio da polifonia num único timbre. Poliforme cascata que se refaz em vibrações sonoras. Nasce então o espírito da musicalidade dionisíaca ao sabor das intempéries naturais e gestuais. O visível perpetua-se no audível.
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 9:48 PM Ninguém na trincheira.
Panapaná
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 9:25 PM 2 na trincheira.
20101123
Corre(la)ções
Eterno ciclo de lúcidos porvires.
Inquietos!
Desde 1982.
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 4:36 PM 2 na trincheira.
Álter
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 1:55 AM Ninguém na trincheira.
20101122
20101121
Literata - I Festa Literária de Sete Lagoas/MG
Tive a honrosa oportunidade de bater um papo com o Arnaldo Antunes (que sempre admirei "desde mal em minha mocidade", como diria o próprio Guimarães Rosa) e com o Prof. Dr. Wander Miranda. Ah, minha caneta não sossegou até que eu alcançasse o Arnaldo – e pra minha surpresa, fui a única a correr em sua direção! A ele, meus agradecimentos especiais pela simpatia e pela simplicidade com que me recebera.
Confiram aqui a programação.
Acompanhem aqui um trecho do dia 18/11, com Arnaldo Antunes.
Créditos das fotografias: Joaquim Drummond.
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 4:36 PM 5 na trincheira.
20101119
Urbanóide
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 4:23 AM Ninguém na trincheira.
"Quer lembrar?"
Cheiro de flamejantes cabelos.
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 3:03 AM Ninguém na trincheira.
20101118
P'AUNUKÚ! - Pasquim à la che paura (oui, sì!)?
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 6:29 PM 7 na trincheira.
20101111
Maria da Penha
Sempre-livres-e-vivas-rosas?
Empenhadas!
Dou o meu sangue.
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 3:12 AM 1 na trincheira.
20101110
Da Honesta Intensidade
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 8:52 PM Ninguém na trincheira.
Voilà!
Talento e feminilidade. Françoise Madeleine Hardy (Paris, 17/01/1944) é cantora, compositora, atriz e astróloga. Adentrou a carreira musical aos 17 anos, quando assinou contrato com a gravadora Vogue. Emplacou, em 1962, seu primeiro grande sucesso, "Tous Les Garçons Et Les Filles". Desde então, foi aclamada internacionalmente pelo público e pela crítica. Ao mesmo tempo, tornou-se um ícone de beleza e elegância. Em 1967 casou-se com Jacques Dutronc, seu eterno parceiro, e com ele teve um filho, Thomas, em 1973. Dutronc sempre desempenhou um papel fundamental na carreira de Hardy, na medida em que estimulou-a a compor e a cantar. Diga-se de passagem que a afinidade entre ambos é tremenda! Muitas das famosas canções de Hardy foram compostas assim, entre mulher e marido. Ela ainda atuou em alguns filmes clássicos, como "What's New, Pussycat?" (ING/EUA, 1965) e "Grand Prix" (EUA, 1966). Mas a sua versatilidade não pára por aí! Publicou vários livros de astrologia e continua resplandecente em sua carreira musical.
HonRosa Françoise: modelo de mulher. A ela, toda a minha reverência!
"La Nuit Est Sur La Ville" (excerto).
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 4:38 PM 4 na trincheira.
20101108
Aquarela ENÊMICA (Anêmica?)
Novamente a equipe do MEC/INEP(TO) amarelou geral. Sim, a EN(D)EMIA revelou-se ANEMIA! Lamentável diagnóstico.
Aqui protesto por todos aqueles estudantes que deram seu SANGUE pelas tão cultuadas provas ENÊMICAS.
Nota VERMELHA pro ENEM! Bela falácia, perfeita inépcia! Um verdadeiro desastre na Linha Amarela!
"Isso é uma vergonha", já diria o ícone Boris Casoy.
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 9:01 PM 6 na trincheira.
20101104
Jogo X Jugo
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 3:40 AM 2 na trincheira.
20101103
Vamos, vámonos!
Vocês podem alter(n)ar os "caracteres especiais", certo?
[Cotas para Humor Negro, JÁ!]
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 9:05 PM Ninguém na trincheira.
20101029
Quiçá
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 4:29 AM 1 na trincheira.
20101027
Fuzilando o ENEM 2010
Lembro-me de que, enquanto cursava o terceiro ano do Ensino Médio (1999), o ENEM (NENÉM!) nascia. Recusei-me, não sei por que cargas d'água, a fazer as provas (já tão "almejadas"!), contrariamente à maioria, que se inscreveu e participou do enorme rebanho "EN(D)ÊMICO". Uma febre, uma epidemia!
Hoje posso (e devo) dar o meu depoimento a partir do acompanhamento dessa catastrófica trajetória.
Já não compreendo mais o(s) sistema(s) de avaliação. [Seja lá o que for! Ensino Fundamental, Médio, Superior, "Pós(?)", et cetera e tal!]
Tudo é questionável e duvidoso quanto à Educação no Brasil.
Educação? Que Educação é essa, que se restringe à confiança tão-somente no uso da caneta-permanente-e-firme?! [Isso dá uma grande metáfora!]
Ora, lápis e borracha são elementos imprescindíveis a qualquer tipo de elaboração, seja textual, "rascunhal", artística! São FUNDAMENTAIS! Uê! A gente não aprende o "bê-á-bá" assim?!
Agora imaginem se o Teste de Einstein (acima, realizado por mim dentro de mais de 20 minutos) "desabasse" numa dessas provas! [O que não seria tão improvável para o INEP(TO), que tá realmente SURTADO!]
Pra quem ainda não sabe, o nível das provinhas "ENÊMICAS" equipara-se a isso! Pensem bem... Que beleza, resolvê-las sem a velha guerra Lápis-e-Borracha!
Non plus ultra nonsense!
Ah, e "videiem" também o que o Professor Ramon Lamar escreveu sobre esse tema, aqui. Vamos em frente com esse protesto!
[Observação à imagem: eis o raciocínio fiel, com todo o meu potencial caótico. "Passado a sujo", original. Sem firulas.]
Experimentem o Teste de Einstein aqui, ó.
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 3:29 PM 6 na trincheira.
20101026
(Re)vol(u)tas
"Aux armes, citoyens"!
[LIBERTAS QUAE SERA TAMEN.]
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 2:51 AM 1 na trincheira.
20101021
Revenge of the Flowers
loving you for hours and hours
soon smothers me so tenderly."
(Françoise Hardy)
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 9:05 PM 1 na trincheira.
20101007
Amor e Alma
Luz de vela, sombras discernentes
Onde pairam ébrias (in)consciências
Sábia, pelos vales vagava a Alma
Ela, imersa em seu ascético ermo,
Ornara-se de belas e raras heras
A suplicar por seu Amor
"Que venham a mim todas as feras!"
Bradou a bela, quase dormente
"Ah... Que me resta, senão o torpor?"
Desnuda, adormecera por entre as rosas
A devanear e a enlear-se em seu mistério
Mas eis que, manso e resplandecente,
Surge um anjo a dourar-lhe a beleza
E a acariciar-lhe a pálida tez
Num sobressalto, "É Ele!"
Deslumbrada, deixou-se cobrir de flores
Da corbelha que o Amor lhe ofertara
Fez-se, de núpcias, um etéreo consolo
Embevecidos, uniram-se Alma e Amor
No eterno e ledo fulgor da pureza.
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 4:21 PM 3 na trincheira.
20101003
N'Ação
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 6:13 PM Ninguém na trincheira.
20100930
Um Mo(n)te-mor
[É mera questão de Lógica (discretíssima), meus caros!]
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 2:17 AM 2 na trincheira.
20100928
Uns Zeros
Pixels (pixies!), parem com essas aldrabices binárias e devolvam-me logo os meus bits!
Créditos da imagem: Adriano Mendes.
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 8:19 PM Ninguém na trincheira.
20100830
Convite à Exposição "Deixe a Natureza Falar" em Sete Lagoas/MG
Maurício é publicitário, artista plástico e calígrafo.
A exposição acontecerá de 01 a 30 de setembro de 2010.
Vale a pena conferir.
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 4:43 PM 2 na trincheira.
20100829
ObjETHOS
Vamos, amarrem os lençóis!
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 8:21 PM 4 na trincheira.
20100819
Backup
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 6:50 PM Ninguém na trincheira.
20100802
Simplicidade
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 3:58 AM 1 na trincheira.
20100711
MODULON e a Vontade de Potência
Eu, juntamente a 39 colegas, estávamos prestes a empreender uma grande aventura: percorrer e explorar a misteriosa MODULON.
MODULON, cidade alternativa, consistia em um projeto arquitetônico de jovens estudantes cuja faixa etária ia dos 13 aos 17 anos. Tais adolescentes eram os próprios cidadãos daquele edifício - modulado em quatro andares -, e desta forma simulavam uma nova espécie humana, uma pequena nação experimental.
A paisagem dos arredores de MODULON era curiosa: havia ali um lago que estendia-se a perder de vista, circuncidando a fortaleza de concreto e aço. Ao longe viam-se montanhas e uma exuberante vegetação de Mata Atlântica.
O acesso à referida cidade dava-se através de uma única e estreitíssima passarela. Por isso, tivemos de caminhar em fila rumo a MODULON.
Belo e estranho ao mesmo tempo, enquanto percorríamos a fina e longa plataforma "de pedra", o lago nos sorria com as delicadas ondas que o vento lhe desenhava.
Um por um, e finalmente todos adentramos o hall da cidade-edifício. Fomos prontamente recebidos por uma jovem que aparentava 14 anos de idade. Disse ela, com frialdade robótica: "Bem-vindos a MODULON. Estamos ainda em fase experimental; muito em breve multiplicaremos nossos módulos. Sugiro que sigam as instruções e indicações das placas. Advertência: vocês podem aqui entrar, mas nada garante que daqui saiam. Divirtam-se e boa sorte." - Sua voz era tétrica. Muitos dos meus colegas sentiram medo e já se encontravam tensos. Mas, como estávamos todos unidos, havíamos prometido a nós mesmos a vigilância e o auxílio necessários durante a caminhada.
A garota desaparecera num piscar de olhos. Estávamos agora sozinhos, ao sabor das vicissitudes da sorte.
Iniciamos, pois, o percurso.
Era um prédio frio e cinzento. Não havia qualquer tipo de iluminação artificial. Havia muitas escadas, rampas e abismos. Pois bem, tais abismos eram tanto os vertiginosos vazados dos interiores - verdadeiros buracos quadrados e retangulares - quanto as aberturas que davam para o exterior - o enorme lago. Ressalte-se que não existiam quaisquer grades ou guarda-corpos entre essas perigosas sendas e a iminente queda dos transeuntes. Havia, porém, contínuas barras de aço, soldadas em todas as paredes. Em suma, parecia-me um edifício mais "aberto" do que "fechado".
Como ainda era cedo, a luz do dia nos guiava facilmente. Em contrapartida, vez por outra, adentrávamos nichos e vestíbulos escuríssimos.
Já no primeiro andar - o térreo -, deparamo-nos com uma rampa tão estreita e longa quanto a plataforma externa de acesso. A única alternativa era subir. Precavidos, meus colegas e eu segurávamos firmemente na barra de aço da única parede; e assim seguimos apreensivos.
Logo na metade desse percurso, uma forte corrente de vento (um grande ventilador!) nos ameaçou o equilíbrio. Algumas pessoas não resistiram e caíram, deixando-se levar rampa abaixo.
(É claro, todos se solidarizaram com aqueles que encontravam maiores dificuldades, e ajudavam-se mutuamente, sempre que possível.)
Por entre rampas e escadas, ora a subir, ora a descer - muitas vezes apresentavam-se as duas alternativas no mesmo platô -, encontrávamos grupos de adolescentes perniciosos (como se fossem "gangues"). Alguns deles apresentavam armas brancas ou de fogo; outros nos agrediam fisicamente; outros já tinham a medonha aparência de pequenos monstros - mutantes.
Eu e alguns colegas enfrentamos aqueles franzinos jovens. Sim, eram todos muito magros. Mas tinham uma força e uma agilidade descomunais.
De andar em andar, a dificuldade aumentava. Ora apareciam inimigos em maior número, ora surgiam mais rampas e escadas, ora tudo ao mesmo tempo - daí a nossa premência, a nossa sujeição à sorte. Por exemplo: podia ser que aquela escada que desce nos levasse ao andar superior ou vice-versa. Quanto às rampas, idem. Questão recorrente e dramática.
Enfrentamos, pois, incontáveis quedas, devastadoras correntes de vento, e outras surpresas de diversas naturezas.
Foi assim que percebemos que o ser humano é limitado: não temos "superpoderes"!
Abrimos mão de nossos orgulhos a fim de unirmo-nos ainda mais aos outros colegas.
A união, afinal de contas, faz a força. E foi com essa filosofia - aprendida a duras custas - que prosseguimos.
Quando uma colega caiu do terceiro andar, no profundo lago, fomos todos salvá-la. Lembro-me muito bem disso.
Um detalhe: quando estávamos no segundo andar, um belo jovem nos avisou: "Cuidado com o lago. É o mais profundo e perigoso do mundo inteiro. Quem ali cair, dificilmente sairá com vida! HAHAHAHAH!" - Sua risada ecoou em minha mente. Insistente risada. Senti muito medo e pavor. Mas consegui, por mim, fazer a minha parte, ao resgatar alguns colegas daquelas infectas águas lacustres. E vislumbrei muitas outras cenas semelhantes.
Como se não bastasse tudo isso, chagas apareciam nos corpos de quem mergulhava no "sorridente" lago.
Em determinado ponto do trajeto, cada um foi levado pela sua própria sorte.
Outro detalhe: cada andar tinha uma cor característica. Azul, cor-de-rosa, amarelo, verde. Às vezes, essas cores misturavam-se com aquelas das rampas precedentes. As escadas, por sua vez, eram sempre cinzentas; as paredes também. Quando não havia paredes, nem rampas e nem escadas, tudo tomava uma só cor. E vejam bem: entre os andares, reafirmo, havia platôs intermediários.
(É muito difícil detalhar tudo aquilo que vi e senti. Um desafio!)
Quando enfim antingimos o quarto e último andar, já entardecia. Apreciamos o pôr-do-sol ante a rampa secreta - aquela que nos trouxe de volta ao ponto de partida.
Todos vivos, mas alguns doentes.
Saímos, não sem cansaço e respirações ofegantes, de MODULON.
Salvos!
Mas uma pergunta ainda me perturba: será que alguém morreu e não percebi?
(Registro do último sonho.)
[Imagens: Desenhos de minha autoria, da época de Arquitetura e Urbanismo. Projeto feito em 2002. Lápis de cor e caneta-nanquim. Desenhos muito semelhantes às perspectivas do MODULON. Tudo espantoso, tudo revelador, assustador! E já faz 8 anos...]
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 9:43 PM Ninguém na trincheira.
20100708
Conversados?
nada feito,
fito e deito
(Paulo Leminski)
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 3:01 PM Ninguém na trincheira.
20100707
Eu amo, tu amas, ELE ama...
Enquanto eu puder fruir o conforto da tua sombra e vislumbrar o teu cristalino sorriso, viver valerá a pena!
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 2:51 AM 1 na trincheira.
20100706
O Balé da Aranha
Do rabisco surge uma teia: primor!
E do prisco - vejam bem! - tece tênues redes de veludo.
Matreira, diz: "Eis a minha peleia. Apenas desenho e almejo desvelar as profundas sendas do Amor. Sede de Arte! Ah... Fecundo bolor?"
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 2:55 AM Ninguém na trincheira.
20100702
A Copa em Copos
Vai uma laranjada aí? Ou que tal um Moloko Vellocet, companheiro "droogie"?
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 5:31 PM Ninguém na trincheira.
O Choque da Laranja Mecânica
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 2:58 PM Ninguém na trincheira.
Enquanto isso...
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 2:28 PM Ninguém na trincheira.
20100630
"O Mundo É Um Moinho"
Ah, tragicômico ser humano!
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 2:05 PM Ninguém na trincheira.
20100624
Pormenores Esquizóides
(Agora entram em cena as "máscaras". Sempre prontas.)
Dia após dia, então, procuramos por um ser-no-mundo mais digno.
(E assim flui a Existência, "sofrida-e-serena"! - Isso não é um tanto estranho?)
A anestesia é GERAL!
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 11:48 AM Ninguém na trincheira.
20100623
Effeuille-Moi Le Coeur
Effeuille-moi le coeur
Je me ferai fleur
Et tu seras jardinier
Effeuille-moi
Au lit de ton jardin
Je voudrai vivre l'éternité
Effeuille-moi le coeur
Arrête les heures
Sur l'histoire de notre amour
Effeuille-moi
Au lit de notre vie
Effeuille-moi
Et ce jusqu'au lever du jour
Protège-moi du vent, mon amour
Protège-moi du temps
Protège le encore et longtemps
Cet amour
Effeuille-moi le coeur
Tant pis si j'en meure
Tant mieux si c'est de tes doigts
Effeuille-moi
Au lit des souvenirs
Effeuille-moi
Encore une fois
Effeuille-moi le coeur
Et sèche les pleurs
Qui me viennent les jours d'ennui
Effeuille-moi
Au lit de notre amour
Effeuille-moi
Et ce jusqu'à la fin de jour.
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 5:15 PM Ninguém na trincheira.
20100622
Ironia Heróica
(Desde que vossos corações encontrem-se imaculados.)
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 5:16 PM Ninguém na trincheira.
20100617
Arrancar ou cultivar?
Os rebentos dos baobás e os das rosas parecem-se muito com certas ervas daninhas. E assemelham-se muito entre si, enquanto "inofensivos brotinhos". - Portanto, cuidado!
Basta um pouco de discernimento e sensibilidade para perceber aquilo que é bom ou mau pro teu jardim!
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 6:23 PM Ninguém na trincheira.
20100615
Lente
Coragem para trabalhar com Objetivas.
Pré-requisito: Stricto sensu em Pontos de Fuga.
(Isso mais parece uma busca por "espécies-extintas"...)
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 1:50 AM Ninguém na trincheira.
20100611
"What's New, Pussycat?"
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 6:33 PM Ninguém na trincheira.
20100610
Fome?
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 5:56 AM Ninguém na trincheira.
Flor, Manequim, Depois Mulher
Flor,
(Taiguara)
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 4:33 AM Ninguém na trincheira.
20100609
Amor Sincero
Enleados no véu do sublime Amor, meu querido, embriaguemo-nos da Vida Eterna.
Somente contigo o excesso de pranto ri e o excesso de riso chora.
A dois, finalmente encontramos a plenitude da Felicidade!
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 1:41 PM Ninguém na trincheira.
20100604
Contra-senso Comum
(Questão que carrego comigo desde todo o sempre.)
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 5:05 AM Ninguém na trincheira.
Epistemologia Humana
Tudo aquilo que classificam enquanto "fases", pra mim, são "súbitos". Permanentes ou não.
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 3:20 AM Ninguém na trincheira.
20100602
Feminíssima!
Françoise Dorléac: maravilhosa, exemplar!
Porque "mulher feminina e sensual" não é sinônimo de "mulher plastificada".
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 5:23 PM Ninguém na trincheira.
20100529
"Dr. Spleen" explana...
Morte - Alívio - Vida.
(O Eterno Ciclo? Me parece. Me carece saber um pouco mais, apenas.)
"50 mil? 100 mil? Numa população de 110 milhões!" (Paulo Leminski)
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 9:28 PM Ninguém na trincheira.
20100527
Uma Canção de Amor
com uma rosa na mão.
Aquela cama, crivada de lembranças,
inda exala o nosso vivo ardor.
Ai, meu querido!
Vem logo!
E, por favor, traz contigo nossas fragrâncias!
Traz-me teu Amor.
E uma rosa no coração.
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 9:19 PM Ninguém na trincheira.
20100526
"Um verme passeia na Lua Cheia"...
(Realmente. A Lua Cheia me deixa louca. Mas isso não tem graça nenhuma.)
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 7:54 AM Ninguém na trincheira.
20100525
"Minha Flor, Meu Bebê"
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 5:50 PM Ninguém na trincheira.
Ouroboros
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 12:33 PM Ninguém na trincheira.
20100521
Sem Ray-Ban
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 1:02 PM Ninguém na trincheira.
20100519
Aphorismo 863899012
Pois bem... Ele aquece e esmorece na hora certa.
E enobrece a terra.
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 11:56 PM Ninguém na trincheira.
18
Esquecidas numa viela urbana qualquer, as rosas observavam-me com complacência.
Parei, agachei-me e sorri pra elas com a mesma expressão.
Antes de abraçá-las, perguntei-me:
"Como posso portá-las?"
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 4:20 AM Ninguém na trincheira.
20100518
Questão de Retórica: "Intelectuália"
Móbiles idealizados pelos corredores falantes do poder.
Meros adornos em prol da grandiloquência intelectualóide.
(Pfff... Ha-ha-ha!)
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 9:48 AM Ninguém na trincheira.
Filosof(r)ia
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 9:30 AM Ninguém na trincheira.
20100505
Une Fille Comme Tant D'Autres
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 4:32 AM Ninguém na trincheira.
20100429
Síncope (Um Epitáfio)
Transcendência velada.
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 6:47 AM Ninguém na trincheira.
20100422
Réquiem
Mas, OH! Quando vires, em todo e qualquer jardim, uma rosa, lembrar-te-ás daquela que sepultei: minha própria dor.
Vida nova.
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 10:57 AM Ninguém na trincheira.
20100406
Plano Oito-Deitado
A partir do "A", atingir o "Z".
(Ad infinitum.)
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 10:10 AM 1 na trincheira.
20100405
Sal da Terra, Luz do Mundo
ESMAGADO! DERROTADO!
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 9:12 PM Ninguém na trincheira.
20100403
RAM!
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 10:42 AM 2 na trincheira.
20100402
Montanha-Roleta-Russa
Detalhe interessante é que os vários trilhos dessa montanha-russa (ora ao ar livre, ora a adentrar labirínticos túneis) eram paralelos e descontínuos. Havia, dependendo do estágio da viagem, de 3 a 5 trilhos - e seus respectivos vagões encontravam-se tão contíguos, uns aos outros, que, ao encontrarem-se nas adjacências, liberavam nervosas faíscas.
Poderia chamá-la de montanha-roleta-russa, visto que o sucesso do perigoso percurso dependia apenas da sorte dos ocupantes daqueles vários vagões enfileirados, cujas cadeiras, unidas, eram separadas de 10 em 10. Cada vagão, portanto, dispunha de 10 lugares.
Outro detalhe: nem sempre os trilhos, apesar de seu paralelismo, conduziam os vagões ao mesmo destino. Em certos pontos da longa jornada, todos eles desciam; em outros, desencontravam-se.
Estava eu à frente de um dos vagões, a conduzir alguns amigos. Éramos 5 ou 6 pessoas.
Experimentamos emoções diversas, que partiam da euforia e atingiam o extremo pânico.
Nosso trilho escolhido, logo no início do percurso, após uma brusca descida, pregou-nos um susto: ele terminava ali, diante dum rio poluído que nos aguardava, sedento pela fatalidade. As garotas entraram em desespero e tentei acalmá-las como pude. Ressalte-se que os trilhos estavam bastante gastos e enferrujados, ao ponto de dificultarem a viagem. Pois bem... Freei o nosso vagão com as próprias mãos - esforço hercúleo! Logo em seguida, depois de controlar a situação, tive a idéia de descarrilhá-lo em direção ao trilho lateral, que subia sem qualquer descontinuidade. Consegui fazê-lo, a duras custas, e finalmente respiramos aliviados.
Várias outras vezes encontramos ameaçadoras descontinuidades e o iminente perigo de o metrô trucidar-nos.
Com o decorrer da aventura, algumas pessoas pulavam das cadeiras de um vagão para outro, num verdadeiro "salve-se-quem-puder". Lembro-me da fala de uma colega: "Estamos aqui, juntos, nesse passeio... Porém, agora, é cada um por si".
Assim, desencontrei muita gente. Às vezes, sentia-me completamente só. Mas minhas fiéis amigas confiaram em minhas decisões até o fim.
Quando adentramos os túneis - que eram isolados acusticamente -, as pessoas tornaram-se mais solidárias, umas com as outras (pois certamente haviam passado pelos maus bocados que relatei); e quando eu encontrava outro vagão mais cheio, pedia que os ocupantes parassem-no, a fim de que nós, eu e minhas amigas, pudéssemos ocupá-lo também. E a viagem prosseguia entre infinitos buracos de concreto e enclausurantes túneis. Desta vez, as cadeiras dos vagões ganharam cores e conforto - além disso, ofereciam segurança.
Alternavam-se, pois, vagões (sempre abertos) confortáveis e precários. Houve um momento em que tivemos de abandoná-los - ao ar livre - e testar, forçosamente, nossas resistências. Foi a etapa em que, dependurados nos trilhos, com o rio a nos "sorrir" lá embaixo, tínhamos de alcançar outro vagão. Acrescente-se que havia 4 filhotes de tigre a nos atemorizar, sobre os trilhos. Uma de minhas amigas não suportou o esforço e quase caiu. Consegui salvá-la, e o susto passou. Ufa...!
Lembro-me de que, na etapa final, eram 5 trilhos num túnel de concreto meio espiralado. Vagões de cadeiras verdes subiam; os azuis, amarelos e cor-de-rosa desciam; e aqueles cujas cadeiras tinham várias cores, vacilavam - ora subiam, ora paravam e desciam.
Tentei arriscar a sorte através dos vagões que desciam. Mas erramos diversas vezes, e quase perdemos as esperanças de livrarmo-nos daquele pesadelo. Foram tentativas e mais tentativas, até que ordenei que todos aqueles que estavam acompanhando-me, saltassem prum dos vagões que tinham as cadeiras cor-de-rosa.
E acertamos o caminho, até que enfim! Indescritível felicidade! Vitória! A alegria tomou conta de nossos macerados semblantes. Alguns colegas já haviam chegado ao "paraíso" e estavam a esperar pelos outros amigos. Fomos todos recebidos com aplausos e elogios.
Vi pouca gente sã e salva, ali. Senti-me privilegiada, mas, ao mesmo tempo, um profundo luto assombrou-me.
Onde estariam meus outros queridos colegas e amigos?!
(Registro do último sonho.)
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 4:15 AM 3 na trincheira.
20100318
"Your life's complete... Follow me down"!
(Permanente. Existencial?)
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 2:21 AM 2 na trincheira.
20100316
Clamor da Rosa
Do pólen ao pó.
Liberdade.
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 8:33 PM Ninguém na trincheira.
20100310
Arnold Layne X Harold Land
(Eterna.)
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 11:06 PM Ninguém na trincheira.
Ouçam-me, "aventureiros"!
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 12:27 AM Ninguém na trincheira.
Aphorismo 16626179
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 12:22 AM Ninguém na trincheira.
20100307
A Carolina
Querida, ao pé do leito derradeiro
Em que descansas dessa longa vida,
Aqui venho e virei, pobre querida,
Trazer-te o coração do companheiro.
Pulsa-lhe aquele afeto verdadeiro
Que, a despeito de toda humana lida,
Fez a nossa existência apetecida
E num recanto pôs um mundo inteiro.
Trago-te flores, - restos arrancados
Da terra que nos viu passar unidos
E ora mortos nos deixa separados.
Pensamentos de vida formulados,
São pensamentos idos e vividos.
(Machado de Assis)
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 12:17 PM Ninguém na trincheira.
20100304
Um Luxo de Trapo
Bonequinha.
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 1:03 PM Ninguém na trincheira.
20100303
"Riders On The Storm"
Poderia ser uma excursão turística ou estudantil (não sei ao certo).
ELE e eu ocupávamos as poltronas da frente, logo atrás do motorista. Os passageiros que preenchiam todos os outros lugares não me pareciam estranhos - eram amigos/colegas de infância e de faculdade.
O motorista, evidentemente louco (por natureza), arriscava estúpidas ultrapassagens e incríveis velocidades por entre veículos pesados e malignas curvas.
Chovia bastante sobre nós dois - apenas nós dois! -, ELE e eu.
Era até divertido observar as manobras do nosso condutor, o que nos rendia risadas, e, às vezes, "friozinhos-na-barriga", ante os bruscos aclives e declives. Era como se estivéssemos percorrendo uma infindável montanha-russa.
Repentinamente, a freagem. Não pude divisar o que estava a acontecer. Só me dei conta da parada quando dois sujeitos galgaram os degraus do veículo, a renderem, de imediato, o motorista.
Rumores de desespero assomaram todos os semblantes. Tentei manter a calma e enlacei-O, como pude, entre meus trêmulos e finos braços. Buscava proteção; mas queria, ao mesmo tempo, protegê-LO.
Os bandidos percorreram, então, o corredor, a intimidar cada um dos passageiros.
Sorrateiramente, mas um tanto hesitante por deixá-LO, atravessei o caminho que levava até o banheiro. Ninguém percebeu.
Era um lugar amplo, com várias repartições. Havia lá outra moça.
Ao trancar a porta, senti alívio; ao mesmo tempo, remorso. Ouvia gritos e tiros.
Neste ínterim, não houve tempo para mais nada: vislumbrei, à minha frente, os dois facínoras, a rir e a gracejar ante a minha presença. Respondi-lhes com poucas - mas ríspidas - palavras. A moça que eu ali encontrara já estava morta. E eles me apontavam as armas, de um lado e do outro, contra a minha cabeça.
Tentei desvencilhar-me deles como pude. A única coisa que almejava era salvar o meu AMOR.
Cambaleando, já "liberta", vi muita gente banhada em sangue. Foi terrível. Vi meus companheiros mortos. Outros, agonizando.
Mas consegui resgatá-LO vivo, entre tantos corpos macerados. Dei-lhe um beijo.
Ofegantes, suados e um tanto apavorados, enlaçamo-nos num abraço eterno: "EU TE AMO".
(Registro do último sonho.)
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 12:49 AM 1 na trincheira.