PRIMAVERAS DE CORDÉLIA
Cordélia, a bem-amada flor
Suspira à revelia de seus sonhos
Seu jovem e magriz vulto doura a aliança
Sobre a lousa do campeiro alento
Ela não mais repousa.
Cordélia, ante sua elegância,
Ergue-se e colhe de suas irmãs
A dignidade da hermosa insanidade
Ela não mais ofega.
Cordélia, a bem-amada flor
Caminha ao relento
Deveras absorta na infinita infância
Seu frescor fulmina; seu grito é estulto
Senhora de si, realiza sua fugacidade
E coroa o chamariz do
primeiro resplandecer
Ela não mais sente dor.
20120920
Primaveras de Cordélia
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 5:04 PM
2 na trincheira.
LINDO!
Obrigada, Rafael.
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