Morto?!
20081216
O Jardim Secreto II
Morto?!
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 6:54 PM Ninguém na trincheira.
20081211
"Close To The Edge"
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 11:27 PM Ninguém na trincheira.
20081129
Juntos...
(É necessário que nos matemos às vezes, não é?)
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 2:46 AM 8 na trincheira.
20081118
O Jardim Secreto
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 9:17 PM 1 na trincheira.
20081115
Honradez?
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 11:50 PM 2 na trincheira.
20081112
Oscar Wilde
_ Ela disse que dançaria comigo se eu lhe levasse rosas vermelhas – exclamou o Estudante – mas não vejo nenhuma rosa vermelha no jardim.
Por entre as folhas, do seu ninho, no carvalho, o Rouxinol o ouviu e, vendo-o, ficou admirado...
_ Não há nenhuma rosa vermelha no jardim! – repetiu o Estudante, com os lindos olhos cheios de lágrimas – Ah! Como depende a felicidade de pequeninas coisas! Já li tudo quanto os sábios escreveram. A Filosofia não tem segredos para mim e, contudo, a falta de uma rosa vermelha é a desgraça da minha vida.
_ E eis, afinal, um verdadeiro apaixonado! – disse o Rouxinol. Gorjeei-o noite após noite, sem conhecê-lo, no entanto; noite após noite falei dele às estrelas, e agora o vejo... O cabelo é negro como a flor do jacinto, e os lábios, vermelhos como a rosa que deseja; mas o amor pôs-lhe na face a palidez do marfim e o sofrimento marcou-lhe a fronte.
_ Amanhã à noite o Príncipe dará um baile, murmurou o Estudante, e a minha amada se encontrará entre os convidados. Se levar-lhe uma rosa vermelha, dançará comigo até a madrugada. Se levar-lhe uma rosa vermelha, hei de tê-la nos braços, sentir-lhe a cabeça no meu ombro e a sua mão presa à minha. Não há rosa vermelha em meu jardim... E ficarei só; ela apenas passará por mim... Passará por mim... E meu coração se despedaçará.
_ Eis, na verdade, um apaixonado... – pensou o Rouxinol – Do que eu canto, ele sofre. Aflige-o o que me alegra. Grande maravilha, na verdade, o Amar! Mais precioso que esmeraldas e mais caro que opalas finas. Pérolas e granada não podem comprá-lo, nem se oferece nos mercados. Mercadores não o vendem, nem o conferem em balanças a peso de ouro.
_ Os músicos da galeria – prosseguiu o Estudante – tocarão os seus instrumentos de corda e, ao som de harpas e violinos, minha amada dançará. Dançará tão leve, tão ágil, que seus pés mal tocarão o assoalho, e os cortesãos, com suas roupas de cores vivas, reunir-se-ão em torno dela. Mas comigo não bailará, porque não tenho uma rosa vermelha para dar-lhe... – e, atirando-se à relva, ocultou nas mãos o rosto e chorou.
_ Por que está chorando? – perguntou um pequeno lagarto ao passar por ele, correndo, de rabinho levantado.
_ É mesmo! Por que será? – Indagou uma borboleta que perseguia um raio de sol.
_ Por quê? – sussurrou uma linda margarida à sua vizinha.
_ Chora por causa de uma rosa vermelha – informou o Rouxinol.
_ Por causa de uma rosa vermelha?! – exclamaram – Que coisa ridícula!
E o lagarto, que era um tanto irônico, riu à vontade.
Mas o Rouxinol compreendeu a angústia do Estudante e, silencioso, no carvalho, pôs-se a meditar sobre o mistério do Amor.
Subitamente, abriu as asas pardas e voou.
Cortou, como uma sombra, a alameda; e como uma sombra, atravessou o jardim.
Ao centro do relvado, erguia-se uma roseira. Ele a viu. Voou para ela e pousou num galho.
_ Dá-me uma rosa vermelha – pediu – e eu cantarei para ti a minha mais bela canção!
_ Minhas rosas são brancas; tão brancas quanto a espuma do mar, mais brancas que a neve das montanhas. Procura minha irmã, a que enlaça o velho relógio-de-sol. Talvez te ceda o que desejas.
Então o Rouxinol voou para a roseira que enlaçava o velho relógio-de-sol.
_ Dá-me uma rosa vermelha – pediu – e eu te cantarei minha canção mais linda.
A roseira sacudiu-se levemente.
_ Minhas rosas são amarelas como a cabeleira dourada das sereias que repousam em tronos de âmbar, e mais amarelas que o trigo que cobre os campos antes da chegada de quem o vai ceifar. Procura a minha irmã, a que vive sob a janela do Estudante. Talvez te possa ajudar.
O Rouxinol então dirigiu o vôo para a roseira que crescia sob a janela do Estudante.
_ Dá-me uma rosa vermelha – pediu – e eu te cantarei minha canção mais linda.
A roseira sacudiu-se levemente.
_ Minhas rosas são vermelhas, tão vermelhas quanto os pés das pombas, mais vermelhas que os grandes leques de coral que oscilam nos abismos profundos do oceano. Contudo, o inverno regelou-me até as veias, a geada queimou-me os botões e a tempestade quebrou-me os galhos. Não darei rosas este ano.
_ Eu só quero uma rosa vermelha – repetiu o Rouxinol – uma só rosa vermelha. Não haverá meio de obtê-la?
_ Há, respondeu a Roseira, mas o meio é tão terrível, que não ouso revelar-te.
_ Dize. Não tenho medo.
_ Se queres uma rosa vermelha, explicou a roseira, hás de fazê-la de música, ao luar; tingi-la com o sangue de teu coração. Tens de cantar para mim com o peito junto a um espinho. Cantarás toda a noite para mim e o espinho deve ferir teu coração e teu sangue de vida deve infiltrar-se em minhas veias e tornar-se meu.
_ A Morte é um preço exagerado para uma rosa vermelha – exclamou o Rouxinol – e a Vida é preciosa... É tão bom voar através da mata verde e contemplar o sol em seu esplendor dourado, e a lua em seu carro de pérola... O aroma do espinheiro é suave, e suaves são as campânulas ocultas no vale, e as urzes tremulantes na colina. Mas o Amor é melhor do que a Vida. E o que vale o coração de um pássaro comparado ao coração de um homem?
Abriu as asas pardas para o vôo e ergueu-se no ar. Passou pelo jardim como uma sombra e, como uma sombra, atravessou a alameda.
O Estudante estava deitado na relva, no mesmo ponto em que o deixara, com os lindos olhos inundados de lágrimas.
_ Rejubila-te! – gritou-lhe o Rouxinol – Rejubila-te! Terás a tua rosa vermelha. Vou fazê-la de música, ao luar. O sangue de meu coração a tingirá. Em conseqüência, só peço-te que sejas sempre verdadeiro amante, porque o Amor é mais sábio do que a Filosofia, embora sábia; mais poderoso que o poder, embora poderoso. Tem as asas da cor da chama e da cor da chama tem o corpo. Há doçura de mel em seus braços e seu hálito lembra o incenso.
O Estudante ergueu a cabeça e escutou. Nada pôde entender, porém, o que dizia o Rouxinol, pois sabia apenas o que está escrito nos livros.
Mas o Carvalho entendeu e ficou melancólico, porque amava muito o pássaro que construíra ninho em seus ramos.
_ Canta-me um derradeiro canto – segredou-lhe – sentir-me-ei tão só depois da tua partida.
Então o Rouxinol cantou para o Carvalho, e sua voz fazia lembrar a água a borbulhar de uma jarra de prata.
Quando o canto finalizou, o Estudante levantou-se, tirando do bolso um caderninho de notas e um lápis.
_ Tem classe, não se pode negar – disse consigo, atravessando a alameda – Mas terá sentimento? Não creio. É igual à maioria dos artistas. Só estilo, sinceridade nenhuma. Incapaz de sacrificar-se por outrem. Só pensa em cantar e bem sabemos o quanto a Arte é egoísta. No entanto, é forçoso confessar, possui maravilhosas notas na voz. Que pena não terem significação alguma, nem realizarem nada realmente bom!
Foi para o quarto, deitou-se e, pensando na amada, adormeceu.
Quando a lua refulgia no céu, o Rouxinol voou para a roseira e apoiou o peito contra o espinho. Cantou a noite inteira e o espinho mais e mais enterrou-se-lhe no peito, e o sangue de sua vida lentamente se escoou...
Primeiro descreveu o nascimento do amor no coração de um menino e uma menina; e, no mais alto galho da roseira, uma flor desabrochou, extraordinária, pétala por pétala, acompanhando um canto e outro canto. Era pálida, a princípio, qual a névoa que esconde o rio, pálida qual os pés da manhã e as asas da alvorada. Como sombra de rosa num espelho de prata, como sombra de rosa em água de lagoa era a rosa que apareceu no mais alto galho da roseira.
Mas a roseira pediu ao Rouxinol que se unisse mais ao espinho.
_ Mais ainda, Rouxinol, exigiu a roseira, senão o dia raia antes que eu acabe a rosa.
O Rouxinol então apertou ainda mais o espinho junto ao peito, e cada vez mais profundo lhe saía o canto porque ele cantava o nascer da paixão na alma do homem e da mulher.
E tênue nuance rosa nacarou as pétalas, igual ao rubor que invade a face do noivo quando beija a noiva nos lábios.
Mas o espinho não lhe alcançava ainda o coração e o coração da flor continuava branco – pois somente o coração de um Rouxinol pode avermelhar o coração de uma rosa.
_ Mais ainda, Rouxinol – clamou a roseira – não deixe raiar o dia antes que eu finalize a rosa.
E o Rouxinol, desesperado, calcou-se mais forte no espinho, e o espinho lhe feriu o coração, e uma punhalada de dor o traspassou.
Amarga, amarga lhe foi a angústia e cada vez mais fremente foi o canto, porque ele cantava o amor que a morte aperfeiçoa, o amor que não morre nem no túmulo.
E a rosa maravilhosa tornou-se purpurina como a rosa do céu oriental. Suas pétalas ficaram rubras e, vermelho como um rubi, seu coração.
Mas a voz do Rouxinol se foi enfraquecendo, as pequeninas asas começaram a estremecer, e uma névoa cobriu-lhe o olhar; o canto tornou-se débil e ele sentiu qualquer coisa apertar-lhe a garganta.
Então, arrancou do peito o derradeiro grito musical.
Ouviu-no a lua branca, esqueceu-se da Aurora e permaneceu no céu.
A rosa vermelha o ouviu e, trêmula de emoção, abriu-se à aragem fria da manhã.
Transportou-no o Eco à sua caverna purpurina, nos montes, despertando os pastores de seus sonhos. E ele os levou através dos caniços dos rios, e eles transmitiram sua mensagem ao mar.
_ Olha! Olha! – exclamou a roseira – A rosa está pronta, agora!
Ao meio-dia o Estudante abriu a janela e olhou.
_ Que sorte! – disse – Uma rosa vermelha! Nunca vi rosa igual em toda a minha vida. É tão linda que tem certamente um nome complicado em latim. E curvou-se para colhê-la.
Depois, pondo o chapéu, correu à casa do professor.
_ Disseste que dançarias comigo se eu te trouxesse uma rosa vermelha – lembrou-se o Estudante – Aqui tens a rosa mais vermelha de todo o mundo. Hás de usá-la hoje à noite sobre o coração, e quando dançarmos juntos, ela te dirá o quanto te amo.
Mas a moça franziu a testa.
_ Talvez não combine bem com o meu vestido - disse - Ademais, o sobrinho do camareiro mandou-me jóias verdadeiras; e jóias, todos sabem, custam muito mais do que flores...
_ És muito ingrata! – exclamou o Estudante, zangado. E atirou a rosa à sarjeta, onde a roda de um carro a esmagou.
_ Sou ingrata? E o senhor não passa de um grosseirão. E, afinal de contas, quem és? Um simples estudante... Não acredito que tenhas fivelas de prata nos sapatos, como as tem o sobrinho do camareiro... – e a moça levantou-se e entrou em casa.
_ Que coisa imbecil, o Amor! – resmungou o estudante, afastando-se – Nem vale a utilidade da Lógica, porque não prova nada; está sempre prometendo o que não cumpre e fazendo acreditar em mentiras. Nada tem de prático. E como neste século o que vale é a prática, volto à Filosofia e vou estudar Metafísica.
Retornou ao quarto, tirou da estante um livro empoeirado e pôs-se a ler...
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 9:46 PM Ninguém na trincheira.
20081108
À Surdina
Perfeitos cúmplices, perfeitas vítimas?!
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 4:31 PM 4 na trincheira.
Tri (Legal?!)
Tua britva, bezúmine,
é teu malenque sintemesque
que tu brosatas
qual gronque quel, nadsate!
Brada, pois, em vão,
tuas tchipucas, brétchene!
Ah! Platcho pelo teu vredado litso,
prestúpnique nadmenhe!
Vai! Rassudoca acerca
das vindouras toltchocadas,
ujássine forela!
Eu quero o teu crove, maltchique!
AVISO: AQUI NÃO, SEVANDIJA!
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 5:33 AM Ninguém na trincheira.
Eternamente
AMÉM, AMÉM.
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 4:15 AM 2 na trincheira.
Quatro por Dois
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 4:09 AM Ninguém na trincheira.
20081106
Telúrica
É de todas as cores
É um punhal de neve
É um canhão de vidro
É um colchão de nuvem
Numa cela acesa
É meu pé na terra
É meu pão na mesa
Na mesa, na mesa..."
(Taiguara - "Aquarela de um País na Lua")
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 7:01 AM Ninguém na trincheira.
20081104
Pro Meu Home
Intão comé que ocê pode apontá pra mim a lança?!
Amansa, leão... Descansa, que a tua onça é mansa!
Má comé que ocê pode machucá uma criança e some?!
Solução: tua muié avança n'ocê e, vivim, te consome!
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 6:28 AM 2 na trincheira.
20081103
São de Espírito
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 7:49 PM Ninguém na trincheira.
20081029
"O Cravo brigou com a Rosa"...
um homem
que não duvide
de minha coragem
que não
me acredite
inocente
que tenha
a coragem
de me tratar como
uma mulher."
(Anaïs Nin)
(Onde estaria agora o meu Lírico Lírio, o meu Doce Camponês? ONDE?!)
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 9:16 PM 2 na trincheira.
Tarja Negra
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 9:09 PM Ninguém na trincheira.
20081021
Além do Bem e do Mal
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 4:24 PM Ninguém na trincheira.
20081020
(Re)pressão
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 3:26 AM Ninguém na trincheira.
20081019
Nikos Kazantzakis
Lembro-me de uma manhã em que eu havia descoberto um casulo na casca de uma árvore, no momento em que a borboleta rompia o invólucro e se preparava para sair. Esperei bastante tempo, mas estava demorando muito e eu estava com pressa. Irritado, curvei-me e comecei a esquentá-lo com o meu hálito.
Eu o esquentava, impaciente, e o milagre começou a acontecer diante de mim, a um ritmo mais rápido do que o natural. O invólucro se abriu, a borboleta saiu se arrastando, e nunca hei de esquecer o horror que senti então: suas asas ainda não estavam abertas, e com todo o seu corpinho que tremia, ela se esforçava por desdobrá-las.
Curvado por cima dela, eu a ajudava com meu hálito.
Meu sopro obrigara a borboleta a se mostrar toda amarrotada, antes do tempo. Ela se agitou desesperada e, alguns segundos depois, morreu na palma da minha mão.
Aquele pequeno cadáver é, eu acho, o peso maior que tenho na consciência. Pois hoje entendo bem isto: é um pecado mortal forçar as grandes leis.
Não podemos nos apressar, ficarmos impacientes.
Sigamos com confiança o ritmo eterno.
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 10:27 PM Ninguém na trincheira.
Madrigal
Ouve, meu Amor,
a brisa que entoa melodias
ao sabor de teus belos cabelos.
Ouve, meu Amor,
o balouçar refeito em febris apelos
dos viçosos ipês-amarelos
clamando-nos pelo tempo de viver.
Ouve, meu Amor,
o teu profundo ardor,
a tua fremente urgência,
o teu eterno desejo de alvorecer.
Ouve, meu Amor,
os senis anelos do Mundo,
a Universal Mente e seus vis zelos.
Ouve, meu Amor,
o que, por fim, tenho a dizer:
sedenta, busco pela tu'alma
e anseio, perdidamente,
o ensejo de anis dias.
Tu, meu Amor, e eu, a estremecer
na mais veemente cadência.
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 9:14 PM 1 na trincheira.
20080828
Almas Cinzeladas
Que rara cumplicidade, que incomum sintonia! Somos almas sedentas de um profundo êxtase, Amormeuzinho... Percebes?
Purifiquemos o duplo irreal, rompamos o fio dourado que nos detém e, por fim, façamos do Amor uma canção sincera.
Beija-me com a tua alma, doce camponês... Meu coração está contigo!
Eis a minha entrega, eis a minha devoção.
Eterna.
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 4:19 PM 2 na trincheira.
20080827
Ordinais Naturais
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 11:06 PM Ninguém na trincheira.
BBBlog
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 1:12 PM Ninguém na trincheira.
20080825
Pastiche ou pistache?
(SANTA PAROLA!)
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 8:19 PM Ninguém na trincheira.
20080824
Coisa de Piá Pançudo
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 10:01 PM Ninguém na trincheira.
20080814
BAH, TREM DOIDO!
"Já não tens o ar festivo,
Das longas noites de inverno,
Quando a indiada puro cerno,
Te rodeava folgazona
E quando, sobre a carona,
Enquanto a tropa dormia,
O chiru velho mexia
Nas hileras da cordeona!"
(Jayme Caetano Braun - poeta gaúcho, TCHÊ!)
Ocê num tem ardifésmarnão
Das noitádinverno
Quandupovão bãodimaisdaconta
Rudiavocê filizim da vida
Iquando, arriado no trem,
Inquantusbicho durmia,
O cabocuvéi mixia
Nutecládassanfona!
(Livre tradução de minha autoria, SÔ!)
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 2:22 PM Ninguém na trincheira.
20080813
Artistas de Plástico
Leda ingenuidade, a daqueles que distinguem arte de artesanato!
"Eu fico contente por ser reconhecida como artesã." (Young-Jae Lee - artista plástica)
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 12:28 PM Ninguém na trincheira.
20080806
Círculo Vicioso
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 3:26 PM Ninguém na trincheira.
20080804
Paulina Vinderman
Sabrá la hora en el momento exacto
y conocerá la medida de su sombra.
Todo es fácil,
y lo difícil se aquieta lo bastante
para apresarlo con cordura.
Cordelia piensa en luz
y en el diario suicidio de la noche.
"Apresúrense que ya es hora",
había dicho Eliot un minuto antes de las doce
en un libro sin figuras en la tapa.
Duramente Dios está fuera de la línea
si sólo se trata de enmantecar un poema
mientras asoma la vigilia.
"Esa guerra es mía",
piensa Cordelia con un ojo al viento,
"y no hablaré de mi culpa existencial.
Me haré sabia de a poco, sabia de profesión
con un curriculum brillante de soberbia
y un zapato sin cordones."
De prisa, de prisa que es la hora,
porque el sol ahuyenta la locura.
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 3:00 PM Ninguém na trincheira.
20080731
Num lapso vultoso...
Num lapso vultoso
Despertava Karolinka de suas sonolentas lamentações.
Ainda prostrada, clamou ao Senhor
Por seu ledo lugar ao sol, junto de seu amado.
- Deus, onde estaria o meu doce camponês?
Claudicante, ergueu-se, ainda úmida da relva e das lágrimas.
Vacilava em seus passos, a afastar-se da cerrada folhagem
E tudo ao seu redor transfigurou-se num Éden tortuoso
Mas ela persistia e lutava contra espinhos e cipós.
Seu coração, desnudo e descerrado,
Já não mais podia ocultar, da cravada lança, a dor.
- Senhor, mostrai-me o caminho de volta! Ah... O meu Amor!
Então, num relance moroso,
Desfaleceu entre as folhas secas e as sempre-vivas.
Lívida, pulsante em esperança e repleta de fervor,
Karolinka ternamente orava
Pelo seu eterno Amor.
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 2:28 PM Ninguém na trincheira.
20080730
Apenas saudade?
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 12:07 AM Ninguém na trincheira.
20080729
Cordélia e o Eterno Amor
Revelados pelo sol de outono, tais tons, repletos de ternura e frescor, imiscuíram-se em densas pinceladas.
O Amor, enfim, revelou-se em sua rara doçura.
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 11:49 PM Ninguém na trincheira.
20080728
Leitmotiv
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 11:02 AM 2 na trincheira.
20080706
Mazurka
mon premier amour
c'était le tien"
(Françoise Hardy)
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 3:10 AM Ninguém na trincheira.
20080704
X-Cobiça
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 7:42 AM 1 na trincheira.
20080703
Praga Pós-Fordista
Seria essa a décima primeira praga da humanidade?!
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 1:17 AM Ninguém na trincheira.
"Szła dzieweczka"...
Gdzie jest ta uliczka?
Gdzie jest ten dom?
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 12:59 AM Ninguém na trincheira.
20080702
Máscaras
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 8:13 AM Ninguém na trincheira.
20080630
Cérebro?!
- QUE OS OUTROS COMPLETEM O TEU DISCURSO!
(Muito vago... Que discurso seria esse?!)
Pra mim, "discurso" é aquilo que atinge, agressiva ou aprazivelmente, o imo do estômago... O ÂMAGO DO APETITE!
(É a víscera mais sensível de nossos corpos, humanóides!)
Pois bem, caríssimos... Já dei-vos meu humilde parecer. Caso contrário, desgastai vossos preciosos e gulosos neurônios!
Já estou cansada de ouvir minhas próprias células nervosas. MONÓLOGOS! Minha alma grita, grita... GRITA POR ALGO MAIS!
E pergunto-vos, por fim: quantidade ou qualidade? Peso ou massa?
(Quero vomitar.)
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 12:59 AM Ninguém na trincheira.
20080629
Flicts
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 7:00 PM Ninguém na trincheira.
Pisca-Alerta
Desde Auschwitz nós sabemos do que o ser humano é capaz.
Desde Hiroxima nós sabemos o que está em jogo."
(Viktor Frankl)
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 6:37 PM Ninguém na trincheira.
20080628
Insuportável Presença
Essa horrenda e tétrica imagem perseguia-me incansavelmente.
Era o Desespero. Era a Morte.
Enquanto isso, a voz de meu amado ecoava ao longe, qual sentinela na guarida: "Não reconheço-te mais, Carolina... Não mais. Não..."
(Registro do último sonho.)
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 10:32 AM 1 na trincheira.
20080627
Exortação ao Zoológico Humano
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 8:11 PM Ninguém na trincheira.
IngSoc
Seria o Grande Irmão o "último" dos deuses?
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 5:40 PM Ninguém na trincheira.
20080626
Valsa
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 4:30 PM 2 na trincheira.
Melodia em Sol Sustenido Menor
O mistério se desfez no silêncio. Adágio. Soa então a primeira nota duma idílica sinfonia. Movimentos. Um após outro e a solidão já serenava. Arpejos irrompiam em patéticos reflexos especulares. O ocaso. Uma frágil flecha pulsa naquela pauta de metal. Furor poético. A escala cromática se esvai na tensão. O caos. Já não existem conceitos. Segue a melodia em infindáveis improvisos. O acaso. Resplandece agora luz singular. Clave de sol. Eis que surge o último sinal. Reflexos multiplicados. Ofuscante desejo. Pupilas-espelho incessantemente a pulsar. Encontro no rastro dos cabelos ensolarados. Riqueza cíclica de incomuns timbres. Mãos. O matrimônio da Natureza e do Universo. Insondável estranheza. Já não existem limites. Uníssono. Único corpo. Único espelho. Único Amor.
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 12:13 PM Ninguém na trincheira.
Frágil Rosa?
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 12:07 PM Ninguém na trincheira.
Kocham Cię! Na zawsze!
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 1:18 AM Ninguém na trincheira.
20080625
Stultifera Navis
Seriam realmente tênues as fronteiras entre a Liberdade e a convencionada loucura patológica?
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 5:08 PM Ninguém na trincheira.
20080623
"Álfur Út Úr Hól"
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 10:08 PM 1 na trincheira.
20080620
Polonaise
Desnuda e descalça, esboça seu último sorriso para a Vida.
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 10:41 PM Ninguém na trincheira.
Cinéreos Dias
Ledas e coloridas auroras inda trarão a nós muito mais vida.
E este é apenas o começo: o Inexplicável.
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 5:43 PM Ninguém na trincheira.
20080606
Permanece a Palavra
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 2:16 PM 1 na trincheira.
20080603
Mulher Virtuosa
O coração do seu marido está nela confiado; assim ele não necessitará de despojo.
Ela só lhe faz bem, e não mal, todos os dias da sua vida.
Busca lã e linho, e trabalha de boa vontade com suas mãos.
Como o navio mercante, ela traz de longe o seu pão.
Levanta-se, mesmo à noite, para dar de comer aos da casa, e distribuir a tarefa das servas.
Examina uma propriedade e adquire-a; planta uma vinha com o fruto de suas mãos.
Cinge os seus lombos de força, e fortalece os seus braços.
Vê que é boa a sua mercadoria; e a sua lâmpada não se apaga de noite.
Estende as suas mãos ao fuso, e suas mãos pegam na roca.
Abre a sua mão ao pobre, e estende as suas mãos ao necessitado.
Não teme a neve na sua casa, porque toda a sua família está vestida de escarlata.
Faz para si cobertas de tapeçaria; seu vestido é de seda e de púrpura.
Seu marido é conhecido nas portas, e assenta-se entre os anciãos da terra.
Faz panos de linho fino e vende-os, e entrega cintos aos mercadores.
A força e a honra são seu vestido, e se alegrará com o dia futuro.
Abre a sua boca com sabedoria, e a lei da beneficência está na sua língua.
Está atenta ao andamento da casa, e não come o pão da preguiça.
Levantam-se seus filhos e chamam-na bem-aventurada; seu marido também, e ele a louva.
Muitas filhas têm procedido virtuosamente, mas tu és, de todas, a mais excelente!"
(Pv. 31: 10-29)
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 11:18 PM Ninguém na trincheira.
"Um mais um é sempre mais que dois"...
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 12:48 AM Ninguém na trincheira.
20080531
Alphonsus de Guimaraens
Deitas teu corpo em flor no campo claro
e toda ao sol te entregas, matinal.
Um perfume de luz se espalha qual
puro delírio, canto esquivo e raro.
Sorver o aroma, recolher o puro
estremecer de flor, ó pólen, ó mel
que irrompendo de tudo vibra em céu
de água a cair das coisas num futuro
instante de fantástica beleza
e de beijo e de afago e de um supremo
arfar de chama em límpida penugem.
Deitas teu corpo em flor, e a natureza
Funde-se em ti no alto silêncio extremo
de volúpia desfeita em brisa e nuvem.
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 1:01 AM 1 na trincheira.
20080529
Inteireza
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 12:39 PM 1 na trincheira.
20080525
20080518
EBAgunça
Escola de Belas Artes: vós sois o iníquo antro escambador!
Apresento-vos, EBA, vossa bela alcunha: Eclésia da Beatice Artística!
Ó, Altíssima Academia! Vossos discursos são comoventes ludíbrios! Quereis angariar mais e mais complacentes carolas a fim de salvardes tais almas de sua penosa indigência?! Oh, decerto...!
À margem de vossos sujos ditames e cânones, cá estou. Eis a voz da resistência. Eis a vez do contrapoder.
Questionemos, pois, a suposta (IMPOSTA, NON?) "hierarquia" entre ARTESÃOS, ARTISTAS e ARTISTÓIDES.
O "pseudo" reinaria, enfim?!
Breve, dEBAndarei... Este é meu derradeiro manifesto acadêmico. Com muito louvor.
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 8:25 PM Ninguém na trincheira.
20080515
Orang-e = Orang-utan
Maquiavélicos símbolos!
Por fim, eis que (do)minam os fracos.
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 9:13 AM Ninguém na trincheira.
20080508
De que vale a pasteurizada "erudição", por fim?
"O sucesso dos grandes eruditos e pensadores assemelha-se ao dos cortesãos, não é um sucesso de soberano ou de homem. Arranjam meios de viver sempre em conformidade, da mesma forma que o fizeram seus pais, e de modo algum são os genitores de uma raça de homens mais nobres." (Henry David Thoreau)
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 11:38 PM Ninguém na trincheira.
Meu Homem
Tu emanas a harmonia, de tal fervor, sísmica.
Eis o homem a convocar-me o pranto
Junto à sua rítmica tábua de suplícios.
Quanta sinergia, quanto encanto, quanto ardor!
Meu homem, seria eu a tua vítima?
Meu homem, seria eu, de tanto labor, digna?
Teu acalanto, Amor, é elegia de todos os vícios!
Enquanto sinfonia, homem, dizimas-me a dor
Enquanto energia, Amor, afanas-me o real temor.
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 11:34 PM Ninguém na trincheira.
20080505
Consciência III
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 11:41 PM Ninguém na trincheira.
20080504
Racio-Símio
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 4:41 AM Ninguém na trincheira.
20080429
O Fio de Ariadne
Enleia-me eternamente em tua perfeita espiral!
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 5:44 PM Ninguém na trincheira.
Dois Minutos de Ódio
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 2:38 PM Ninguém na trincheira.
20080426
Aphorismo 655321
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 11:25 AM Ninguém na trincheira.
20080425
O que significa isso...?
Delírio?! Ah! Ainda não, meus caros! É tão-somente uma mera escolha... A de não me fazer compreender! Então questiono: encontrastes, decerto, vossos coerentes fins - e será que eles justificam os vossos supostos meios?
(Perdi o "raciocínio", confesso.)
Qualquer coisa é válida.
Então louvo e legitimo qualquer contra-senso.
(VIVA!)
Eis a minha palavra, por ora.
Aguardai a real demência.
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 1:36 AM Ninguém na trincheira.
20080422
Todo o Vigor
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 3:55 PM Ninguém na trincheira.
20080418
Tratamento Ludovico
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 9:58 PM 4 na trincheira.
Um Sonho na Tempestade
Com todas as minhas forças, eu lutava para atingir o último platô. Minha meta parecia-me cada vez mais remota e impossível, pois que sempre deslizava ou então prostrava-me ante aquele solo hostil. Machuquei-me muito. O fluido vital banhava-me. Meu sangue era de um vivo verdor. Cheguei a desesperar-me de tanta dor.
Em outros momentos, agarrava-me a alguns galhos de plantas que margeavam as sendas. Mas elas tinham enormes espinhos. E esses impiedosos acúleos cortavam-me a carne feito navalhas.
Quando finalmente consegui alcançar as alturas, uma fortíssima e aplacadora chuva atingiu-me. Era um verdadeiro dilúvio. Vencida pela bravura da tempestade, caí de volta ao platô inicial.
Muito ferida e cansada, recomecei a luta. Parecia-me eterna. Mas um sonho, um grande e nobre sonho, impulsionava-me. E persisti com a leda esperança em meu coração.
(Registro do último sonho.)
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 2:19 PM Ninguém na trincheira.
20080410
Rastro, Registro, Memória
Eis a verdadeira intensidade. Aquela que, de fato, faz dobrar os sinos.
Tenho dito.
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 12:09 AM Ninguém na trincheira.
20080405
Senso Comum
É como se a efemeridade da vida fosse, na verdade, uma ENFERMIDADE!
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 5:58 PM Ninguém na trincheira.
20080311
O Ausente
Diante do Ausente, não sossego a tez
Contemplo o vácuo, contemplo a falta
A falta de seu peito, a falta do compasso
de nossos corações, poeticamente sintonizados.
Diante do Ausente, não sou mais a mesma
Disperso-me na turva névoa, no vazio espaço
que meu coração reclama, atormentado
E desvaneço-me, como consolo, em lágrimas de Amor.
Diante do Ausente, enfim, esmoreço
Esmoreço ante a solidão e a tortura de apenas ser
Ah, meu Amor! Quero-te aqui, ao meu lado!
Vem logo, meu doce camponês!
Meu semblante, sem ti, é lasso
Refeitos em delícias e em mágoas, fomos batizados
pelo sangue, pelos prazeres e pela dor.
Toquemos, com coragem, pra fora de nossa casa,
a tristeza que o Poeta disse não ter fim.
Diga-me que isso é só o começo, Amormeuzinho!
Eis o início de uma reviravolta, a hora de termos paz!
Tornemo-nos um só! Eis a nossa preciosa vez!
Somente contigo quero a plenitude do viver.
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 10:21 AM 1 na trincheira.
20080303
Suspensa na vacuidade de minha mente...
Decanto-me apenas na tua memória, cigano
A valsa de nossos corpos me desvela a carne
E devolve-me tudo aquilo já desacreditado.
Detida em lágrimas torrentes
Vislumbro teus cerúleos olhos, cigano
Torno-me néscia ante teus encantos matreiros
E assim tu me redimes aquela espúria semente.
Ritmada pela potência, pelo pulso fremente
De um ermo qualquer ecôo teu nome, cigano
Então finalmente idealizamos a sinfonia indolor
Tocamos a verdade com um gesto faceiro
E revelamos, com um sopro de vida, o eterno Amor.
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 8:03 PM 1 na trincheira.
Evocação a Cordélia
Vai, Cordélia!
Despe-te daquele diáfano vestido
Despoja-te de tuas sandálias
E cobre teus cabelos de amores-perfeitos
Vai, Cordélia!
Eis que por ti espera um doce camponês
Entoa então canções com as gralhas, tão raras,
E baila imersa no primaveril orvalho
Vai, Cordélia!
Entrega-te em tua plena nudez
E corre, corre de encontro ao teu amado
Tu és bela em tua leda pureza
Criança, finalmente tocaste a eternidade.
Disparado por Feérica "Psychedella" Fuzilêra às 7:59 PM Ninguém na trincheira.